terça-feira, 17 de setembro de 2013

Fotos da Lua e Aglomerados

Observações e fotos

 No dia 11/09 , quarta feira, o clube de astronomia fez uma observação com o telescópio. Foi observada a Lua, o aglomerado estelar aberto NGC 4755, também conhecido como Caixinha de Joias, e o aglomerado globular Omega Centauri.

 Nesse dia fizemos um observação através da ocular mas também fizemos astrofotografia com a câmera, Nikon D3200. Essas foram nossas primeiras astrofotografias com o equipamento. As imagens dos aglomerados aparecem com bastante ruído, pois esses objetos são poucos brilhantes e requereriam tempos de exposição longos que não foram usados desta vez. Confira algumas abaixo:




terça-feira, 13 de agosto de 2013

Novo Telescópio



Novo telescópio para o Clube 



No dia 7 de agosto, quarta-feira, os atuais integrantes do Astro Clube Galileu, conheceram o novo telescópio e montagem equatorial. O telescópio é um Skywatcher Maksutov-Cassegrain com distância focal F=1500 mm, diâmetro da objetiva D=127 mm e oculares plossl de 10 e 25 mm. A montagem equatorial é uma Celestron CG-4 com motorização em AR (ascensão reta). 

Depois de nos reunirmos para uma montagem cuidadosa do telescópio pela primeira vez, o equipamento teve sua primeira luz (primeira observação de um telescópio). Nos posicionamos estrategicamente atrás dos pavilhões do Campus Restinga para fugir das luzes da escola e iniciamos a observação. O céu estava lindo e aproveitamos para observar Vênus (infelizmente nessa época Vênus está muito afastado para podermos ver seu disco planetário), Saturno (com seu disco planetário e seus anéis facilmente identificáveis na ocular) e o aglomerado Omega Centauri (a melhor imagem deste telescópio, em comparação ao antigo, permite observá-lo com mais nitidez). A Lua não estava no nosso céu na hora em que fizemos a observação (isso foi importante para a boa observação de Omega Centauri, mas ainda nos deixou curiosos sobre como ela se mostrará com o novo equipamento). Testamos as duas oculares e o acoplamento da câmera fotográfica Nikon com o telescópio, porém ainda não testamos a motorização. Não observamos aberração cromática significativa nas imagens, o que deixou-nos muito satisfeitos. Também foi uma surpresa positiva a firmeza e estabilidade do tripé e da montagem equatorial. Com o frio assolando, desistimos da noite, guardamos todo o equipamento e voltamos para casa muito felizes com o novo equipamento.






Foto tirada durante a primeira luz do novo telescópio

Autor: Gustavo Kremer

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Efemérides 2013

Efemérides para o ano de 2013


O que são efemérides


 Efeméride vem do latim calendário, diário memorial, mas esta palavra é usada, nos dias de hoje, pelos astrônomos para descrever eventos astronômicos, como o dia mais longo, a noite mais longa, eclipses e outros acontecimentos que ocorrem pelo universo.
 No ano de 2013 o clube de astronomia irá acompanhar algumas efemérides. Selecionamos só as melhores. Se quiser acompanhá-las, confira abaixo.

Ocultação Vênus pela Lua

 Essa ocultação é um dos principais acontecimentos astronômicos de 2013, para observadores americanos do hemisfério Sul. Ela ocorrerá dia 8 de setembro, domingo. Seu inicio ocorrerá as 19:14 e um minuto depois, Vênus já estará 100% atrás da Lua. Vênus começará a sair de trás da Lua as 19:54 e um minuto depois já estará 100% visível.









Cometa ISON

 Ison, nome popular do cometa C/2012 S1, foi descoberto por dois astrônomos russos em setembro de 2012. Sua órbita preliminar indica que ele se desgarrou da Nuvem de Oort, nos confins do Sistema Solar.
 Ele estará visível a olho nu desde, aproximadamente, o dia 30 de setembro (ele já está no céu porém com pouco brilho) até o dia 21 de novembro de 2013. Após essa data ele passará pelo Sol e em seguida ingressará nos céus do hemisfério Norte, impossibilitando sua observação por observadores do hemisfério Sul. Se o cometa sobreviver a sua aproximação com o Sol, poderá ser um dos mais brilhantes dos últimos tempos.

 Abaixo trazemos algumas cartas celestes do cometa em diversas datas. Elas foram feitas usando o programa stellarium. Para incluir o cometa no stellarium adicionamos os parâmetros de sua órbita no arquivo ssystem.ini. Os parâmetros adicionados estão indicados abaixo. Para fazer isso no seu stellarium basta adicionar essas linhas no final do arquivo ssystem.ini que se encontra no diretório ".stellarium/data". Depois disso basta procurar por ISON dentro do programa e ele estará lá.
--------------------------------------------
[ISON]
name = C/2012 S1 (ISON)
parent = Sun
radius = 1000
oblateness = 0.0
halo = true
color = 1.0,1.0,1.0
tex_halo = star16x16.png
tex_map = nomap.png
coord_func = comet_orbit
orbit_TimeAtPericenter = 2456625.2627
orbit_PericenterDistance = 0.012472
orbit_Eccentricity = 1.000005
orbit_ArgOfPericenter = 345.5357
orbit_AscendingNode = 295.6956
orbit_Inclination = 62.1076
lighting = false
albedo = 1
orbit_visualization_period = 365.25

--------------------------------------------------------
 Alguns parâmetros, como o raio, são desconhecidos, mas entramos valores razoáveis para eles. A magnitude informada nas cartas é uma estimativa baseada na distância, no albedo e no raio e, portanto, não deve ser levada a sério. Para boas estimativas do seu brilho, deve-se consultar artigos especializados.
 Abaixo as cartas celestes para um observador em Porto Alegre e proximidades:

1/10/2013 às 5:00


5/10/2013 às 4:30

20/10/2013 às 5:30

1/11/13 às 5:30


5/11/2013 às 5:30

10/11/2013 às 5:30

15/11/2013 às 5:30

 21/11/2013 às 5:30


Chuvas de meteoros

 Nos meses de Agosto, Novembro e Dezembro ocorrerão algumas chuvas de meteoros intensas, e por isso, interessantes. São elas:

Agosto:

Perseidas

 13 de agosto - É uma das melhores chuvas de meteoros para observar, exibindo até 60 meteoros por hora em seu pico que geralmente ocorre em 13 de agosto, embora seja possível ver alguns meteoros a qualquer tempo entre 23 de julho e 22 de agosto. O ponto radiante para este chuveiro é a constelação de Perseu. A Lua, em quarto crescente, se põe antes do nascimento de Perseu, criando ótimas condições de céu para um show incrível. Para observadores no hemisfério Sul, o radiante encontra-se baixo no horizonte e isso pode impedir de observar os meteoros que se deslocam para esse hemisfério mas não será um problema para ver os meteoros que se deslocam para o Sul. Para uma boa observação encontre um local longe das luzes da cidade e olhe para o céu norte aproximadamente as 5:30 da manhã.
 Abaixo fizemos uma carta celeste do céu com a constelação de Perseu no centro. Use-a para achar o radiante do chuveiro.






Novembro:

Leonídeos

 17 de novembro - É uma das chuvas de meteoros mais intensas, produzindo uma média de 40 meteoros por hora em seu pico. O chuveiro em si tem um pico cíclico a cada 33 anos, onde centenas de meteoros podem ser visto a cada hora. O última deles ocorreu em 2001 e, portanto o próximo só deverá ocorrer em 2034. O chuveiro atinge o auge em 17 de novembro, mas alguns meteoros podem ser observados de 13 a 20 de novembro. A Lua cheia vai evitar que esta chuva seja um grande show este ano, mas com até 40 meteoros por hora, ela ainda poderá ser um bom espetáculo. O radiante deste chuveiro está na constelação de Leão. Para encontrar este chuveiro olhe para o céu Nordeste aproximadamente as 5 da manhã. A carta celeste abaixo que apresenta a constelação de Leão no centro ira ajudá-lo nisso.



Dezembro:

Geminídeos

 13 de dezembro - Considerado por muitos como o melhor chuveiro de meteoros, os Geminídeos são conhecidos por exibir até 60 meteoros multicoloridos por hora em seu pico. O pico da chuva ocorre geralmente em torno de 13 e 14 dezembro, embora alguns de seus meteoros possam ser vistos entre 6 e 19 de dezembro. O ponto radiante para este chuveiro estará na constelação de Gêmeos. A Lua minguante se põe por volta das 3:30, criando ótimas condições de céu para a observação. Para melhor visualização observe o céu Norte partir das 3:30 em um local longe das luzes da cidade.






Asteroide 6063 Jason

 O asteroide 6063 Jason será um dos NEO (Near Earth Objects) mais brilhantes este ano. Ele fará sua máxima aproximação dia 11 de novembro e é um possível candidato para detecção por fotografia. Ele poderá ser melhor fotografado aproximadamente as 2:00, depois que a Lua se puser. Abaixo fornecemos uma carta celeste indicando a posição do asteroide as 2:00 do dia 10 de novembro.




Autor: Gustavo Ribeiro Kremer

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Visita ao Observatório Capitão Parobé

No dia 10 de outubro de 2011, nosso clube foi convidado a visitar o observatório astronômico do Colégio Militar de Porto Alegre. Foi uma visita breve com o objetivo de conhecer o clube de astronomia do colégio.

Astro Clube Galileu chegando ao Observatório Capitão Parobé

Nesta visita fomos recepcionados com uma palestra sobre o clube de astronomia do CMPA (Blog: http://clubedeastronomiacmpa.blogspot.com.br/), e também sobre  a cronologia de estudos e descobertas dentro da ciência astronômica. Logo após, tivemos o privilégio, de observar a Lua em fase cheia e também Júpiter e suas luas, sob orientação do Ten. Bruscato e do Prof. Gomes.





Aqui segue algumas fotos que registram nossa passagem por lá.



Prof. Gomes, Ten. Bruscato, prof. Fausto e o nosso clube.



Palestra  sobre  o clube de astronomia do CMPA e a cronologia de estudos e descobertas dentro da ciência astronômica




Telescópio do Observatório do Colégio Militar de Porto Alegre



Clube Astro Galileu



Clube Astro Galileu retornando ao Câmpus

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Chuva de meteoros Orionídeos

Em novembro do ano passado, nosso clube fez uma saída de campo, em Itapuã, localizado no município de Viamão, para observar a chuva de meteoros na constelação de Órion. Optamos por esta localidade porque ele tem pouca iluminação (principalmente na parte rural), perfeita para qualquer observação ocorrer com sucesso.


Nosso grupo se organizou para obter dados dos Orionídeos entretanto, naquela ocasião a chuva foi muito fraca e não foi possível obtê-los, mas, outros observadores se organizaram para registrar estes dados em local com melhores condições e os registraram. Veja logo abaixo alguns dados sobre essa chuva de meteoros (traduzido de www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2010-119):

Nome: Orionídeos
Cometa de origem: 1P/Halley
Período de ocorrência: 2 de outubro a 7 de novembro
Meteoros/hora: 25
Radiante: ao Norte da estrela mais brilhante da constelação de Órion, Betelgeuse (a Sudeste de Gêmeos)
Pico de avistamentos: 21 de outubro
Velocidade dos meteoros: 68 km/s
OBS.: Os meteoros desta chuva, a segunda mais veloz, produzem as cores verde e amarela, além de ocasionais bolas de fogo.


Abaixo, um vídeo time-lapse, mostrando o céu na região do radiante dos Orionídeos. Cada frame do vídeo corresponde a uma fotografia, cada uma durou 25 segundos e o intervalo entre elas foi de 30 segundos. O processo levou uma hora, portanto, foram tomadas 120 fotos. Veja:





Fotos concebidas por integrantes do Astro Clube Galileu:


Meteoro na constelação de Órion (canto superior esquerdo da imagem)


Meteoro na constelação de Órion (canto superior esquerdo da imagem)


Nebulosa de Órion e meteoro (canto superior direito da imagem)


Júpiter e suas luas.


Pessoal do clube reunido ao redor de uma panela de fundi. 


Observando Júpiter e suas luas.


Observando Júpiter e suas luas.


Grande e Pequena Nuvens de Magalhães.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O clube de astronomia está de volta a ativa



O clube de astronomia, depois de uma pausa um pouco prolongada, está retomando as atividades.
Estamos organizando as regras do estatuto para podermos abrir novas vagas e iniciar as atividades de vez. 
Com a experiência do ano passado, decidimos que seria necessário ter algumas diretrizes para as atividades ficarem mais organizadas e autônomas.

Em razão do atraso para estabelecer estas "regras", estamos quase perdendo a oportunidade de observar Vênus nesse início de ano. Semana que vem, sem falta, temos de observá-lo.

As inscrições para novos integrantes, acontecerão em breve. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Telescópios - parte II

Telescópios catadióptricos ou compostos:

Os telescópios catadióptricos, ou como também podemos chamar compostos, são telescópios híbridos que têm tanto elementos refratores, como refletores em seu design.

O primeiro desses telescópios foi criado pelo astronômo alemão Bernhard Schmidt, em 1930. Esse telescópio tinha um espelho primário na parte de trás e uma placa corretora de vidro na parte da frente para remover a aberração esférica. Ele foi usado primeiro para a fotografia, por não ter espelho secundário ou lentes oculares.

O segundo tipo de telescópio composto foi inventado por um astrônomo russo chamado D. Maksutov, muito embora um astrônomo holandês, A. Bouwers, tenha criado um design semelhante antes disso (em 1941). O telescópio de Maksutov é semelhante ao design de Schmidt, mas usa uma lente corretora mais esférica. O design Maksutov-Cassegrain é semelhante ao de Schmidt-Cassegrain.


Oculares
Uma ocular é a segunda lente de um refrator ou a única de um refletor. Oculares têm muitos designs óticos diferentes e consistem na combinação de uma ou mais lentes (por si só,  já são quase como mini-telescópios).
A ocular serve para:
  • produzir e permitir que você altere a ampliação do telescópio;
  • produzir uma imagem nítida;
  • proporcionar conforto para o olho, a distância entre o olho e a ocular quando a imagem está focada;
  • determinar o campo de visão do telescópio, que pode ser:

  • aparente - quanto do céu, em graus, é visto de uma extremidade a outra usando somente a ocular (especificado na ocular);
  •  verdadeiro ou real - quanto do céu pode ser visto quando a ocular estiver colocada no telescópio (campo verdadeiro = campo aparente/ampliação).
Há muitos tipos de designs para as oculares:
  • Huygens
  • Ramsden
  • Ortoscópica
  • Kellner e RKE
  • Erfle
  • Plossl
  • Nagler
  • Barlow (usada em conjunto com outra ocular para aumentar a ampliação em duas ou três vezes)


As oculares Huygens e Ramsden são os tipos mais antigos. Elas costumam apresentar aberrações cromáticas e ser vendidas com os telescópios mais baratos e menos eficazes.

As ortoscópicas foram inventadas por Ernst Abbe em 1880. Elas têm quatro elementos e um campo de visão aparente de 45º, que é um tanto quanto estreito. O design ótico proporciona uma visão nítida e bom alívio de olho e é considerada excelente para observar planetas. Variam de US$ 50 a US$ 100.

As Kellner e RKE (uma modificação do tipo Kellner patenteada por Edmund Scientific) são designs de três elementos que produzem imagens em um campo de visão de 40º e apresentam alguma aberração cromática mas proporcionam bom alívio para os olhos. Os modelos Kellner funcionam melhor em telescópios com distâncias focais longas e têm boa relação custo/benefício. Seu preço varia de U$ 30 a U$ 50 por peça.


Já os modelos Erfle foram inventados durante a Segunda Guerra Mundial. Têm um design de cinco elementos e um campo de visão amplo, com 60º. Apresentam, porém, problemas como imagens fantasma e astigmatismo, o que faz com que não sejam apropriados para observar planetas. Se você ouviu falar das oculares de campo amplo, elas não passam do design Erfle com algumas melhoras.

As oculares Plossl, por sua vez, possuem designs de quatro ou cinco elementos e um campo de visão de 50º. E também possuem um bom alívio de olho (exceto nas lentes de 10 mm ou menores). Elas funcionam melhor nos tamanhos de 15 a 30 mm. Sua qualidade é boa, especialmente para observar planetas, mas apresentam um pouco de astigmatismo, especialmente na extremidade do campo. As oculares de Plossl são bastante populares.

As oculares Nagler foram introduzidas em 1982, anunciadas com a frase: "como se você estivesse passeando pelo espaço". Têm um design de sete elementos e um campo de visão largo, com 82º, e têm um corpo com apenas 5 cm, são pesadas (até 1 kg) e caras.

As lentes Barlow podem ser uma maneira econômica de aumentar o poder de ampliação e/ou melhorar o alívio de olhos com uma ocular já existente. A ocular se encaixa dentro da lente Barlow, que, por sua vez, se encaixa no porta-ocular.


Finalmente, mais uma categoria de ocular é a com retículo iluminado. Elas vêm em muitos designs diferentes e são utilizadas exclusivamente para tirar fotos de corpos celestes. Servem para ajudar a guiar o telescópio na hora de rastrear um objeto durante a exposição de um filme, que pode levar de 10 min. a 1 hora.