WASHINGTON, 20 Maio 2011 (AFP) - O último lançamento de um ónibus espacial americano, o Atlantis, foi marcado para 8 de julho, anunciou nesta sexta-feira a agência espacial NASA.
Este vôo, que inicialmente estava previsto para 28 de junho, tinha sido adiado devido ao atraso do lançamento do Endeavour por causa de um problema elétrico. O Endeavour atualmente está no espaço acoplado à Estação Espacial Internacional (ISS).
O lançamento do Atlantis em direção à ISS, que será o 135º de um ônibus espacial depois do primeiro vôo do Columbia em 1981, foi programado para as 15h40 GMT (12h40 de Brasília) do Centro Espacial Kennedy, próximo a Cabo Canaveral (Flórida, sudeste), com uma tripulação de quatro astronautas. Será a missão 33ª do Atlantis e a que marcará o fim do programa de ônibus espaciais da NASA após 30 anos em atividade. Depois da aposentadoria do Atlantis, os astronautas americanos dependerão das cápsulas russas Soyuz para chegarem à ISS. Com último vôo do Atlantis, o ônibus espacial entra para a história
CABO CAÑAVERAL, EUA — O lançamento do Atlantis, programado para sexta-feira, marcará a última missão do programa de 30 anos de ônibus espaciais dos Estados Unidos, que permitiu a construção da Estação Espacial Internacional (ISS). Este último lançamento do Atlantis para uma missão de 12 dias será o número 135 do programa e estima-se que será presenciado por um milhão de pessoas.
O ônibus espacial está programado para decolar do Centro Espacial Kennedy, na Flórida (sudeste), às 11H26 (12H26 de Brasília). A contagem regressiva começa oficialmente na terça-feira às 17H00 GMT (14H00 de Brasília).
A missão - conhecida STS-135- tem como finalidade transportar a maior quantidade possível de provisões à ISS, cuja utilização foi prolongada no ano passado até 2020.
O Atlantis é o quarto ônibus espacial construído pelos Estados Unidos. Teve seu batismo espacial no dia 3 de outubro de 1985 e, ao regressar à Terra, terá realizado 33 vôos; 14 deles à ISS, antes de ir para um museu.
No Atlantis viajarão quatro astronautas americanos - contra sete normalmente - todos muito experientes, entre eles o piloto Chris Ferguseson, de 49 anos, e o co-piloto Doug Hurley, de 44 anos.
Foram necessários 25 vôos de ônibus espaciais desde 1998 para terminar o projeto da Estação, no qual participaram 16 países, entre eles os Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão e vários países europeus, e que custou 100 bilhões de dólares.
O programa de ônibus espaciais viveu dois episódios trágicos: o acidente do Challenger em 1986 e o do Columbia em 2003, que deixaram 14 mortos no total. O fim do programa de ônibus espaciais é um autêntico golpe para a economia local. Cerca de 8 mil empregos diretos e 20 mil indiretos desaparecerão, segundo funcionários locais. "Sabíamos há alguns anos que o programa do ônibus espacial iria terminar; (é) um programa ao qual muitos de seus técnicos e engenheiros consagraram 30 anos de sua vida e com o fim agora próximo o ânimo é cada vez mais sombrio", disse recentemente Mike Leinbach, diretor do lançamento. Depois que o Atlantis voltar à Terra, o programa de ônibus espaciais dos Estados Unidos terá fim de forma oficial, deixando a Rússia como o único país no mundo capaz de transportar astronautas ao espaço.
Empresas privadas competem para construir a próxima geração de naves espaciais americanas, mas é pouco provável que terminem de construir um veículo deste tipo antes de 2015. Com a última missão do ônibus espacial, "viramos uma página da história espacial, mas a liderança americana no espaço continuará", afirmou na sexta-feira o chefe da NASA, Charles Bolden. "Teremos que fazer as coisas de outra forma", acrescentou Bolden, referindo-se às atuais dificuldades orçamentárias dos Estados Unidos. Assim, Bolden defendeu a anulação do programa Constellation pelo presidente Barack Obama. "Devemos nos concentrar na exploração espacial habitada longínqua - desenvolvendo novas tecnologias - e incentivando aqueles que inovam (...) a realizar vôos sobre a órbita terrestre baixa até a Estação Espacial Internacional. Segundo ele, "a Estação é o apogeu de nossas realizações tecnológicas atuais e um caminho em direção ao resto do sistema solar".
Fonte: Google Notícias
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